GENTE NOSSA, POR AMOR! Dona Fernanda Ayres

 

Fernanda Lúcia Rodrigues Ayres nasceu em Belém do Pará (PA) no dia 16 de abril de 1919. Filha de Antônio Fernandes Rodrigues (português) e Carmen Zoni (italiana).  Residiu em sua terra natal até os 15 anos, quando seus pais transferiram residência para o Rio de Janeiro, com seus irmãos Armando e Tereza.

 Conheceu Nelson (Dr. Nelson Ayres), quando estava com 17 anos. Este encontro ocorreu no Clube de Regatas do Flamengo. O Casamento se realizou na Igreja de Santa Terezinha, no Bairro de Copacabana RJ, em 1937. Fixaram residência em Campanha no mesmo ano. São seus filhos: Celso, Nelson, Luiz Antônio, Fernando e Roberto; todos nascidos na querida Campanha. Dona Fernanda Ayres conta hoje com 18 netos e 14 bisnetos.

 Foi ainda funcionária da Empresa de Correios e Telégrafos, trabalhando com Dr. Nelson na Assistência Social por mais de 30 anos. Era o “Anjo da Guarda” dessa repartição. Tanto assim que até hoje seus ex-colegas, agora idosos, reconhecem os favores e a solidariedade recebidos. Excelente datilógrafa e estenógrafa. Fez trabalhos voluntários na Casa da Criança e com os Alcoólicos Anônimos por um longo período. Dona Fernanda ainda ajudava na Clinica de seu marido e cuidava dos doentes como se fossem seus familiares íntimos, levando a todos, palavras de amizade e de conforto.

 

Poucos campanhenses sabem que Dona Fernanda é nortista, mas, como ela mesmo diz, “Campanhense de Coração”, pois já reside nesta terra há 72 anos. Completou 90 anos em abril de 2009.

Reportando-nos ao Antigo Testamento, no Livro de Estér, lê-se: “Se ganhei as tuas boas graças, ó Rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida: eis o meu pedido, eis o meu desejo”. Assim Estér, com uma coragem de mulher e mãe guerreira usa da doçura de um apelo feminino no desejo de sobreviver. Como Estér, não pediu nem riqueza, nem fama, nem poder, mas vida longa e sabedoria. O Rei atendeu seu pedido. Deus tem sido generoso com Dona Fernanda, pois, lhe concede mais: clareza de espírito, saúde do corpo, amor sem limites para com todas as pessoas, sem preconceitos de cor, credo, entre outros; o que a torna uma pessoa pura de caráter e com a alma limpa. Recebeu plenamente o dom da fé, riqueza maior que poderia qualquer pessoa receber. Assim é esta mulher. Leva vida simples, despretensiosa e invejavelmente humana. Seus filhos, desde a mais tenra idade receberam diretrizes e ensinamentos na arte de procurar viver melhor.

Mansa e doce, é lenta para o ódio e rápida para o perdão. Seu dia a dia é corrido: para a igreja, a casa de sua irmã Tereza, sua cunhada Dona Odete, sua prima Nair Dias e de outras amigas. Visita e é visitada: portas abertas, mesa farta a qualquer hora. Por que será que será que é uma criatura tão especial? Talvez seja porque tem o dom da renúncia. Tem um pouco de fada: seu abraço cura qualquer sofrimento; seu beijo, um santo remédio.

Realmente uma criatura especial, dotada com um pouco de cada virtude, apara atender as criaturas, não menos especiais, que são as crianças. Ser mãe significa ser co-redentora de Deus e ter a oportunidade de construir um mundo melhor com essas pedras preciosas chamadas filhos, noras, netos, bisnetos, familiares e amigos.

Que Deus a continue abençoando, dando-lhe muitos e muitos anos de vida.

Texto enviado por seus familiares